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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

A triste sina do consumidor torcedor - TEXTOS DO PROFESSOR ROLLO

Terminada a Copa do Mundo, para o Brasil, chegamos à conclusão de que o consumidor e o torcedor têm muita coisa em comum. Quando a seleção vence, ainda que os torcedores fiquem muito contentes e satisfeitos, quem colhe os lucros são os jogadores, que têm o seu passe disputado e valorizado. Já o sofrimento com a derrota fica todo com os torcedores, como temos visto. Os nossos jogadores, que atuam na Europa, já estão espantando sua tristeza, gozando antecipadamente suas férias em grande estilo, jantando em bons restaurantes, morando em boas casas e hospedando-se em bons hotéis.

No mercado de consumo não é muito diferente. Quando a Varig gerava lucro e expandia as suas atividades os consumidores não tinham qualquer benefício. Na melhor das hipóteses, o serviço era prestado estritamente dentro do contrato, cumprindo os horários e as condições estabelecidas.

Agora, com a agonia da Varig, o prejuízo é, em grande parte, do consumidor. É o consumidor que não consegue embarcar, que tem o horário dos vôos alterado, que não consegue antecipar a sua passagem, etc..

O consumidor torcedor está experimentando uma “ressaca” dupla, em função do fiasco da seleção brasileira na copa e em razão da agonia da Varig, que limitou sobremaneira os vôos da Europa, sobrecarregando as rotas que permaneceram.

É um direito do consumidor, contratualmente estabelecido, a antecipação ou o retardamento do vôo. Para tanto, basta que ele pague o preço referente à reemissão do bilhete.

Quem quer voltar antes da Alemanha, no entanto, não está conseguindo exercer esse direito, porque os vôos disponíveis estão sobrecarregados e sem lugares vagos. Aliás, segundo consta, os lugares já estão comprometidos também para as próximas semanas, em virtude dos passageiros de outras localidades que tiveram as rotas canceladas, Munique e Paris por exemplo, estarem se dirigindo para Frankfurt para retornar ao Brasil.

Isso faz com que a tristeza da derrota na copa se prolongue, porque o torcedor acaba tendo que permanecer no ambiente da Copa, quando o Brasil não faz mais parte dela. O turismo fica também prejudicado, em razão da superlotação dos pontos turísticos e da elevação dos preços, por conta do evento.

Como deverão proceder esses passageiros?

A primeira providência é tentar fazer valer o bilhete junto à própria Varig. A impossibilidade deverá ser documentada pelo consumidor. Se a empresa não fornecer documentos, o consumidor terá que se valer de testemunhas, anotando o nome e endereço de brasileiros que estão no aeroporto, preferencialmente da mesma cidade, para facilitar posteriormente a condução do processo. Consta também que o consulado está colocando à disposição dos consumidores atendimento no aeroporto. Esse atendimento poderá proporcionar os documentos necessários à propositura da ação.

Verificada a impossibilidade de embarque e já com os documentos guardados, deverá o consumidor buscar o endosso da passagem com outras companhias aéreas, preferencialmente da “Star Alliance”, como a Lufthansa, ou brasileiras. Essa impossibilidade, mais uma vez, deverá ser documentada.

Se as tentativas anteriores não surtirem efeito, recomenda-se ao consumidor que adquira outra passagem e retorne ao Brasil. Aqui, com todos esses documentos será possível a propositura de ação judicial, com grande chance de êxito. É certo que o resultado da ação dependerá da solvência da Varig, mas tudo indica que a situação da empresa será resolvida com a sua aquisição, ficando a conta para a “Nova Varig” pagar, uma vez que a empresa que suceder a Varig será responsável.

A permanência na Alemanha, na espera de um vôo da Varig, não é recomendável, porque implicará em despesas com hospedagem e alimentação e em maiores constrangimentos e riscos.

Para esquecer o fiasco da seleção brasileira basta tocar a vida para frente. Já a ressaca da Varig trará um pouco mais de dissabores e, certamente, o consumidor terá dificuldades para recuperar os prejuízos que teve o que, se ocorrer, não será do dia para a noite.



O advogado especialista em Direito Eleitoral e Presidente do IDIPEA (Instituto de Direito Político, Eleitoral e Administrativo) Alberto Rollo e Arthur Rollo estão à disposição da imprensa para entrevistas e esclarecimentos.



Publicado com autorização.

FONTE: ADVOCACIA ALBERTO ROLLO

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MARQUINHOS, NOSSAS ROSAS ESTÃO AQUI: FICARAM LINDAS!

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Arquivo do blog

COMO NASCEU ESTE BLOG?

Cursei, de 2004 a 2008, a graduação em Direito na Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo (FDSBC).

Registrava tudo o que os professores diziam – absolutamente tudo, incluindo piadas, indicações de livros e comentários (bons ou maus). Por essa razão, eram as anotações bastante procuradas.

Entretanto (e sempre existe um entretanto), escrevia no verso de folhas de rascunho, soltas e numeradas no canto superior direito, sem pautas, com abreviações terríveis e garranchos horrorosos que não consigo entender até hoje como pudessem ser decifradas senão por mim.

Para me organizar, digitava os apontamentos no dia seguinte, em um português sofrível –deveria inscrever sic, sic, sic, a cada meia página, porque os erros falados eram reproduzidos, quando não observados na oportunidade em que passava a limpo as matérias -, em virtude da falta de tempo, dado que cumulei o curso com o trabalho e, nos últimos anos, também estagiei.

Em julho de 2007 iniciei minhas postagens, a princípio no blog tudodireito. A transcrição de todas as matérias, postadas em um mesmo espaço, dificultava, sobremaneira, o acompanhamento das aulas.

Assim, criei, ao sabor do vento, mais e mais blogs: Anotações – Direito Administrativo, Pesquisas – Direito Administrativo; Anotações – Direito Constitucional I e II, Pesquisas – Direito Constitucional, Gramática e Questões Vernáculas e por aí vai, segundo as matérias da grade curricular (podem ser acompanhados no meu perfil completo).

Em novembro de 2007 iniciei a postagem de poemas, crônicas e artigos jurídicos noRecanto das Letras. Seguiram-se artigos jurídicos publicados noJurisway, no Jus Navigandi e mais poesias, na Sociedade dos Poetas Advogados.

Tomei gosto pela coisa e publiquei cursos e palestras a que assistia. Todos estão publicados, também, neste espaço.

Chegaram cartas (pelo correio) e postagens, em avalanche, com perguntas e agradecimentos. Meu mundo crescia, na medida em que passava a travar amizade com alunos de outras faculdades, advogados e escritores, do Brasil, da América e de além-mar.

Graças aos apontamentos, conseguia ultrapassar com facilidade, todos os anos, as médias exigidas para não me submeter aos exames finais. Não é coisa fácil, vez que a exigência para a aprovação antecipada é a média sete.

Bem, muitos daqueles que acompanharam os blogs também se salvaram dos exames e, assim como eu, passaram de primeira no temível exame da OAB, o primeiro de 2009 (mais espinhoso do que o exame atual). Tão mal-afamada prova revelou-se fácil, pois passei – assim como muitos colegas e amigos – com nota acima da necessária (além de sete, a mesma exigida pela faculdade para que nos eximíssemos dos exames finais) tanto na primeira fase como na segunda fases.

O mérito por cada vitória, por evidente, não é meu ou dos blogs: cada um é responsável por suas conquistas e a faculdade é de primeira linha, excelente. Todavia, fico feliz por ajudar e a felicidade é maior quando percebo que amigos tão caros estão presentes, são agradecidos (Lucia Helena Aparecida Rissi (minha sempre e querida amiga, a primeira da fila), João Mariano do Prado Filho e Silas Mariano dos Santos (adoráveis amigos guardados no coração), Renata Langone Marques (companheira, parceira de crônicas), Vinicius D´Agostini Y Pablos (rapaz de ouro, educado, gentil, amigo, inteligente, generoso: um cavalheiro), Sergio Tellini (presente, hábil, prático, inteligente), José Aparecido de Almeida (prezado por toda a turma, uma figura), entre tantos amigos inesquecíveis. Muitos deles contribuíram para as postagens, inclusive com narrativas para novas crônicas, publicadas no Recanto das Letras ou aqui, em“Causos”: colegas, amigos, professores, estagiando no Poupatempo, servindo no Judiciário.

Também me impulsionaram os professores, seja quando se descobriam em alguma postagem, com comentários abonadores, seja pela curiosidade de saber como suas aulas seriam traduzidas (naturalmente os comentários jocosos não estão incluídos nas anotações de sala de aula, pois foram ou descartados ou apartados para a publicação em crônicas).

O bonde anda: esta é muito velha. A fila anda cai melhor. Estudos e cursos vão passando. Ficaram lá atrás as aulas de Contabilidade, Economia e Arquitetura. Vieram, desta feita, os cursos de pós do professor Damásio e da Gama Filho, ainda mais palestras e cursos de curta duração, que ao todo somam algumas centenas, sempre atualizados, além da participação no Fórum, do Jus Navigandi.

O material é tanto e o tempo, tão pouco. Multiplico o tempo disponível para tornar possível o que seria quase impossível. Por gosto, para ajudar novos colegas, sejam estudantes de Direito, sejam advogados ou a quem mais servir.

Esteja servido, pois: comente, critique, pergunte. Será sempre bem-vindo.

Maria da Glória Perez Delgado Sanches