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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Compras pela internet - TEXTOS DO PROFESSOR ROLLO

por Alberto Rollo; Arthur Rollo


Pesquisas dão conta de que, em 2007, já houve aumento da ordem de 18% nas compras via internet, em relação ao mesmo período do ano anterior. As projeções indicam que o setor de vendas pela internet terá incremento da ordem de 45%, sendo que a grande maioria das compras, 68%, é feita através de cartão de crédito.

Sem dúvida alguma, as compras via internet representam comodidade. Se ganha o tempo do deslocamento e das filas. Não há qualquer preocupação com estacionamento, com assaltos, a comparação de preços é mais fácil, etc.. Esses são fatores que justificam a ascensão desse tipo de comércio.

Como tudo na vida, existem aspectos bons e ruins.

Ao comprar pela internet, o consumidor fica mais vulnerável a ofertas mentirosas, que inserem informações falsas ou que omitem informações importantes verdadeiras.

Ao ver a foto do produto, o consumidor pode achar que ele é maior, que é mais bonito, e que será mais útil em função disso. Ao ver o produto essas impressões podem ser desfeitas, o que significa que terá o consumidor adquirido uma coisa pensando que era outra.

Para remediar esse tipo de situação, dispõe o art. 49 do Código de Defesa do Consumidor que este tem o prazo de sete dias, contado a partir do efetivo recebimento do produto, para desistir da compra. Essa desistência não acarretará qualquer gasto para o consumidor, que terá direito à devolução imediata da quantia paga, monetariamente atualizada.

Vale dizer, manifestando o arrependimento dentro do prazo de sete dias o consumidor não terá qualquer custo. Não deverá arcar sequer com as despesas de transporte, que serão suportadas pelo fornecedor, em virtude do risco da atividade.

Deve o consumidor optar por sites confiáveis, até porque terá que fornecer informações pessoais para cadastro que poderão ser utilizadas em golpes, para fazer lançamentos indevidos no cartão, por exemplo.

Não recomendamos a compra em sítios de leilão virtual, uma vez que eles proporcionam a intermediação entre as pessoas. Isso significa que golpistas podem agir através desses sítios. Sem falar na dificuldade de comprovação da origem dos produtos, na não emissão de nota fiscal, que acarretam riscos para o consumidor.

Nas compras com cartão de crédito, o cuidado deve ser redobrado, uma vez que dificilmente existe o estorno de despesas. Normalmente a operadora de cartão de crédito efetua a cobrança e o reembolso vem no mês seguinte, na forma de crédito também no cartão.

O fato da compra ter sido feita com cartão de crédito, a nosso ver, não exime o fornecedor de devolver imediatamente o dinheiro pago pelo consumidor. Pode acontecer, então, que o consumidor receba o dinheiro antes da cobrança do cartão de crédito. Mais uma vez, o ônus dessa situação é do sítio de internet.

O boleto bancário evita os riscos de problemas com cartão de crédito, sendo mais confiável no nosso entender.

Por derradeiro, desaconselhamos que as compras sejam efetuadas em sítios estrangeiros ou hospedados em outros países, porque isso pode dificultar a propositura de eventuais ações judiciais. Se o sítio for brasileiro e o consumidor precisar propor ação judicial, poderá fazê-lo no seu domicílio, pouco importando a localização física da empresa proprietária.

Como se percebe, as compras pela internet trazem vantagens mas exigem cuidados, para evitar aborrecimentos.



Publicado com autorização.

Revista Jus Vigilantibus, Quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

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ITANHAÉM, MEU PARAÍSO

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O paraíso existe. Seu nome é Itanhaém.

MARQUINHOS, NOSSAS ROSAS ESTÃO AQUI: FICARAM LINDAS!

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COMO NASCEU ESTE BLOG?

Cursei, de 2004 a 2008, a graduação em Direito na Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo (FDSBC).

Registrava tudo o que os professores diziam – absolutamente tudo, incluindo piadas, indicações de livros e comentários (bons ou maus). Por essa razão, eram as anotações bastante procuradas.

Entretanto (e sempre existe um entretanto), escrevia no verso de folhas de rascunho, soltas e numeradas no canto superior direito, sem pautas, com abreviações terríveis e garranchos horrorosos que não consigo entender até hoje como pudessem ser decifradas senão por mim.

Para me organizar, digitava os apontamentos no dia seguinte, em um português sofrível –deveria inscrever sic, sic, sic, a cada meia página, porque os erros falados eram reproduzidos, quando não observados na oportunidade em que passava a limpo as matérias -, em virtude da falta de tempo, dado que cumulei o curso com o trabalho e, nos últimos anos, também estagiei.

Em julho de 2007 iniciei minhas postagens, a princípio no blog tudodireito. A transcrição de todas as matérias, postadas em um mesmo espaço, dificultava, sobremaneira, o acompanhamento das aulas.

Assim, criei, ao sabor do vento, mais e mais blogs: Anotações – Direito Administrativo, Pesquisas – Direito Administrativo; Anotações – Direito Constitucional I e II, Pesquisas – Direito Constitucional, Gramática e Questões Vernáculas e por aí vai, segundo as matérias da grade curricular (podem ser acompanhados no meu perfil completo).

Em novembro de 2007 iniciei a postagem de poemas, crônicas e artigos jurídicos noRecanto das Letras. Seguiram-se artigos jurídicos publicados noJurisway, no Jus Navigandi e mais poesias, na Sociedade dos Poetas Advogados.

Tomei gosto pela coisa e publiquei cursos e palestras a que assistia. Todos estão publicados, também, neste espaço.

Chegaram cartas (pelo correio) e postagens, em avalanche, com perguntas e agradecimentos. Meu mundo crescia, na medida em que passava a travar amizade com alunos de outras faculdades, advogados e escritores, do Brasil, da América e de além-mar.

Graças aos apontamentos, conseguia ultrapassar com facilidade, todos os anos, as médias exigidas para não me submeter aos exames finais. Não é coisa fácil, vez que a exigência para a aprovação antecipada é a média sete.

Bem, muitos daqueles que acompanharam os blogs também se salvaram dos exames e, assim como eu, passaram de primeira no temível exame da OAB, o primeiro de 2009 (mais espinhoso do que o exame atual). Tão mal-afamada prova revelou-se fácil, pois passei – assim como muitos colegas e amigos – com nota acima da necessária (além de sete, a mesma exigida pela faculdade para que nos eximíssemos dos exames finais) tanto na primeira fase como na segunda fases.

O mérito por cada vitória, por evidente, não é meu ou dos blogs: cada um é responsável por suas conquistas e a faculdade é de primeira linha, excelente. Todavia, fico feliz por ajudar e a felicidade é maior quando percebo que amigos tão caros estão presentes, são agradecidos (Lucia Helena Aparecida Rissi (minha sempre e querida amiga, a primeira da fila), João Mariano do Prado Filho e Silas Mariano dos Santos (adoráveis amigos guardados no coração), Renata Langone Marques (companheira, parceira de crônicas), Vinicius D´Agostini Y Pablos (rapaz de ouro, educado, gentil, amigo, inteligente, generoso: um cavalheiro), Sergio Tellini (presente, hábil, prático, inteligente), José Aparecido de Almeida (prezado por toda a turma, uma figura), entre tantos amigos inesquecíveis. Muitos deles contribuíram para as postagens, inclusive com narrativas para novas crônicas, publicadas no Recanto das Letras ou aqui, em“Causos”: colegas, amigos, professores, estagiando no Poupatempo, servindo no Judiciário.

Também me impulsionaram os professores, seja quando se descobriam em alguma postagem, com comentários abonadores, seja pela curiosidade de saber como suas aulas seriam traduzidas (naturalmente os comentários jocosos não estão incluídos nas anotações de sala de aula, pois foram ou descartados ou apartados para a publicação em crônicas).

O bonde anda: esta é muito velha. A fila anda cai melhor. Estudos e cursos vão passando. Ficaram lá atrás as aulas de Contabilidade, Economia e Arquitetura. Vieram, desta feita, os cursos de pós do professor Damásio e da Gama Filho, ainda mais palestras e cursos de curta duração, que ao todo somam algumas centenas, sempre atualizados, além da participação no Fórum, do Jus Navigandi.

O material é tanto e o tempo, tão pouco. Multiplico o tempo disponível para tornar possível o que seria quase impossível. Por gosto, para ajudar novos colegas, sejam estudantes de Direito, sejam advogados ou a quem mais servir.

Esteja servido, pois: comente, critique, pergunte. Será sempre bem-vindo.

Maria da Glória Perez Delgado Sanches