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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Empréstimo sem pedir - TEXTOS DO PROFESSOR ROLLO

por Alberto Rollo; Arthur Rollo

As financeiras e os bancos estão adotando estratégias de crédito cada vez mais agressivas. É comum hoje a abordagem do consumidor na rua para oferecer empréstimo. Quem oferece tenta nele incutir a idéia de que a oferta é irrecusável, de que as condições são excelentes e de que é um negócio que não se pode perder.

É bom que se diga que empréstimo nenhum é bom. Existem uns um pouco melhores, como aqueles que possuem como garantia veículos, apartamentos, salários e aposentadorias, e outros bem piores, como aqueles feitos pelos cartões de crédito. Nos melhores, as taxas ficam em torno de 4% sendo possível encontrar até de 1%. Nos piores, as taxas chegam a superar os 15%.

A justificativa para tamanha disparidade está na taxa de inadimplência. Quanto maior o risco de inadimplência do empréstimo, maiores as taxas de juros. Como o índice de inadimplência dos cartões de crédito é altíssimo, as taxas de juros acompanham.

O empréstimo deve ser solicitado apenas para remediar emergências, ou seja, para tapar buracos. Deve ele sempre vir acompanhado de um contingenciamento pessoal de despesas, porque, se os gastos mensais forem mantidos, a tendência é que o consumidor não consiga pagar o empréstimo.

O consumidor deve sempre ter em mente que o empréstimo, a longo prazo, aumentará a despesa mensal porque, além de todas as contas mensais, existirá a parcela do empréstimo, para pagamento.

O empréstimo deve ser feito também em instituições idôneas. Existem muitos golpes nesse setor, o que torna necessário um maior cuidado do consumidor. É melhor pagar um pouco mais caro e contrair o empréstimo em uma instituição idônea. Desconfie de ofertas tentadoras de instituições que você não conhece. Desconfie também de pedidos de pagamento antecipado da parcela. A regra nos empréstimos é que você recebe o dinheiro antes e paga depois.

Nunca contraia um empréstimo, sem antes comparar. A comparação é fundamental porque, por vezes, a instituição cobra uma taxa de juros mais baixa, mas cobra mais pela abertura de crédito. É muito comum a cobrança do consumidor de um valor pela abertura do crédito, que nada mais é do que um cadastro, fundamental para que o empréstimo seja concedido.

A melhor arma é a simulação. Sabendo quanto você quer emprestado e em quantos meses você quer pagar, é fácil fazer simulações em diferentes instituições financeiras. Se você pegar essas simulações por escrito, poderá, no dia seguinte e após refletir, retornar à instituição que oferece melhores condições e contrair o empréstimo, na forma oferecida. Prefira sempre prestações fixas, porque você já sabe de antemão quanto vai pagar mensalmente.

O art. 52 do Código de Defesa do Consumidor coloca como essenciais nos empréstimos as seguintes informações: o montante dos juros de mora e a taxa efetiva anual de juros; os acréscimos legais, tributários, por exemplo; o número e a periodicidade das prestações e a soma total a pagar, com e sem o financiamento.

Especialmente essa última informação, é fundamental para saber se o empréstimo vale ou não a pena. Deve o consumidor ler atentamente o contrato para ver se tudo está conforme a lei e de acordo com o combinado.

Seguindo esses passos, dificilmente o consumidor encontrará problemas nos empréstimos, desde que, obviamente, pague pontualmente as parcelas. O empréstimo só deve ser contraído em último caso, sabendo o consumidor que tem condições de pagar. Do contrário, trará uma série de dores de cabeça.


Publicado com autorização.

Revista Jus Vigilantibus, Quinta-feira, 7 de setembro de 2006

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ITANHAÉM, MEU PARAÍSO

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O paraíso existe. Seu nome é Itanhaém.

MARQUINHOS, NOSSAS ROSAS ESTÃO AQUI: FICARAM LINDAS!

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COMO NASCEU ESTE BLOG?

Cursei, de 2004 a 2008, a graduação em Direito na Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo (FDSBC).

Registrava tudo o que os professores diziam – absolutamente tudo, incluindo piadas, indicações de livros e comentários (bons ou maus). Por essa razão, eram as anotações bastante procuradas.

Entretanto (e sempre existe um entretanto), escrevia no verso de folhas de rascunho, soltas e numeradas no canto superior direito, sem pautas, com abreviações terríveis e garranchos horrorosos que não consigo entender até hoje como pudessem ser decifradas senão por mim.

Para me organizar, digitava os apontamentos no dia seguinte, em um português sofrível –deveria inscrever sic, sic, sic, a cada meia página, porque os erros falados eram reproduzidos, quando não observados na oportunidade em que passava a limpo as matérias -, em virtude da falta de tempo, dado que cumulei o curso com o trabalho e, nos últimos anos, também estagiei.

Em julho de 2007 iniciei minhas postagens, a princípio no blog tudodireito. A transcrição de todas as matérias, postadas em um mesmo espaço, dificultava, sobremaneira, o acompanhamento das aulas.

Assim, criei, ao sabor do vento, mais e mais blogs: Anotações – Direito Administrativo, Pesquisas – Direito Administrativo; Anotações – Direito Constitucional I e II, Pesquisas – Direito Constitucional, Gramática e Questões Vernáculas e por aí vai, segundo as matérias da grade curricular (podem ser acompanhados no meu perfil completo).

Em novembro de 2007 iniciei a postagem de poemas, crônicas e artigos jurídicos noRecanto das Letras. Seguiram-se artigos jurídicos publicados noJurisway, no Jus Navigandi e mais poesias, na Sociedade dos Poetas Advogados.

Tomei gosto pela coisa e publiquei cursos e palestras a que assistia. Todos estão publicados, também, neste espaço.

Chegaram cartas (pelo correio) e postagens, em avalanche, com perguntas e agradecimentos. Meu mundo crescia, na medida em que passava a travar amizade com alunos de outras faculdades, advogados e escritores, do Brasil, da América e de além-mar.

Graças aos apontamentos, conseguia ultrapassar com facilidade, todos os anos, as médias exigidas para não me submeter aos exames finais. Não é coisa fácil, vez que a exigência para a aprovação antecipada é a média sete.

Bem, muitos daqueles que acompanharam os blogs também se salvaram dos exames e, assim como eu, passaram de primeira no temível exame da OAB, o primeiro de 2009 (mais espinhoso do que o exame atual). Tão mal-afamada prova revelou-se fácil, pois passei – assim como muitos colegas e amigos – com nota acima da necessária (além de sete, a mesma exigida pela faculdade para que nos eximíssemos dos exames finais) tanto na primeira fase como na segunda fases.

O mérito por cada vitória, por evidente, não é meu ou dos blogs: cada um é responsável por suas conquistas e a faculdade é de primeira linha, excelente. Todavia, fico feliz por ajudar e a felicidade é maior quando percebo que amigos tão caros estão presentes, são agradecidos (Lucia Helena Aparecida Rissi (minha sempre e querida amiga, a primeira da fila), João Mariano do Prado Filho e Silas Mariano dos Santos (adoráveis amigos guardados no coração), Renata Langone Marques (companheira, parceira de crônicas), Vinicius D´Agostini Y Pablos (rapaz de ouro, educado, gentil, amigo, inteligente, generoso: um cavalheiro), Sergio Tellini (presente, hábil, prático, inteligente), José Aparecido de Almeida (prezado por toda a turma, uma figura), entre tantos amigos inesquecíveis. Muitos deles contribuíram para as postagens, inclusive com narrativas para novas crônicas, publicadas no Recanto das Letras ou aqui, em“Causos”: colegas, amigos, professores, estagiando no Poupatempo, servindo no Judiciário.

Também me impulsionaram os professores, seja quando se descobriam em alguma postagem, com comentários abonadores, seja pela curiosidade de saber como suas aulas seriam traduzidas (naturalmente os comentários jocosos não estão incluídos nas anotações de sala de aula, pois foram ou descartados ou apartados para a publicação em crônicas).

O bonde anda: esta é muito velha. A fila anda cai melhor. Estudos e cursos vão passando. Ficaram lá atrás as aulas de Contabilidade, Economia e Arquitetura. Vieram, desta feita, os cursos de pós do professor Damásio e da Gama Filho, ainda mais palestras e cursos de curta duração, que ao todo somam algumas centenas, sempre atualizados, além da participação no Fórum, do Jus Navigandi.

O material é tanto e o tempo, tão pouco. Multiplico o tempo disponível para tornar possível o que seria quase impossível. Por gosto, para ajudar novos colegas, sejam estudantes de Direito, sejam advogados ou a quem mais servir.

Esteja servido, pois: comente, critique, pergunte. Será sempre bem-vindo.

Maria da Glória Perez Delgado Sanches